sexta-feira, 26 de junho de 2009

[0032] Cidade Velha Património Mundial da UNESCO

CIDADE VELHA É PATRIMÓNIO MUNDIAL: “ESPÍRITO DE SEVILHA” É VALOR A PRESERVAR

Cidade Velha é, a partir de hoje, oficialmente, Património da Humanidade. A UNESCO, reunida em Sevilha, Espanha, na 33.ª Sessão do Comité do Património Mundial, decidiu a sua inclusão na lista de Património da Humanidade, respondendo positivamente aos apelos da maioria dos países presentes e ultrapassando resistências do ICOMOS, que pretendia adiar por mais um ano esta deliberação. A favor da candidatura da Cidade Velha estiveram, entre outros, Espanha, Brasil, Kenya, Nigéria, Suécia, Madagáscar, Cuba, Israel, Marrocos, Tunísia, Barbados, Barhein, Egipto, Estados Unidos, Peru, China, Austrália. Ou seja, a favor da Cidade Velha estiveram povos de todo o mundo, de diferentes continentes, com diferentes constituições políticas e diferentes religiões.

Só por si, isto evidencia o valor histórico da velha Ribeira Grande de Santiago. Como sublinhou a representação de Barbados: Cidade Velha não é apenas a origem da mais antiga Nação crioula – ela é a origem de todas as nações crioulas.

A Câmara da Ribeira Grande de Santiago sente-se orgulhosa dos apoios que lhe foram dados e tem consciência das responsabilidades assumidas, colocando-se desde já na primeira linha de defesa deste Património que é pertença de todo o mundo.

O reconhecimento de Cidade Velha como Património da Humanidade não é “louro” de ninguém. É uma conquista de todo o povo cabo-verdiano. Resultou do esforço de muita gente, da contribuição de muitos, cabo-verdianos e estrangeiros – e a todos a Câmara Municipal da Ribeira Grande aqui expressa a sua gratidão.

Resultou também da cooperação, muitas vezes quase militante, da Comunicação Social, à qual esta Câmara agradece empenhadamente.

Mas resultou também de uma capacidade de concertação, de entendimento e colaboração, envolvendo Governo (representado pelo Senhor Embaixador José Duarte), o Instituto de Investigação e do Património Cultural e Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago, os quais, durante dias, em conjunto, moveram montanhas para vencer os obstáculos colocado pelo ICOMOS. Podemos falar, com propriedade, de um “espírito de Sevilha” que, no entender desta Câmara, deve ser mantido e respeitado no futuro, uma vez que o reconhecimento de Património da Humanidade não é o fim de um caminho, mas o começo de uma longa caminhada, rumo ao desenvolvimento, tendo como alicerces a Cultura, a História e o Património.

A Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago convida todos os seus parceiros na “batalha” de Sevilha a perseverar neste espírito de concertação que, provadamente, tem capacidades para produzir bons resultados.

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