sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

[0629] Mensagem de Ano Novo do Senhor Presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago, Dr. Manuel Monteiro de Pina

Dr. Manuel Monteiro de Pina - Foto Joaquim Saial
Caros amigos residentes e naturais de Ribeira Grande de Santiago e na diáspora:

Nesta quadra festiva, gostaria de vos desejar um muito feliz ano de 2015 em que se preveem importantes ganhos para o nosso Município e assinaláveis progressos de Cabo Verde, pesem embora as graves dificuldades que se anteveem para o nosso País. 

Permitam-me, nesta hora difícil para a amiga ilha do Fogo (de que somos irmãos do peito, geminados, com S. Filipe), endereçar um abraço de solidariedade aos nossos irmãos de Chã das Caldeiras, a quem desejo um rápido regresso à retoma da sua vida familiar, social e económica. Estamos juntos nesta luta, que é mais uma prova da nossa resistência, solidariedade e cabo-verdianidade de que, aliás, o povo do nosso Município tem dado bastas provas.

Sabeis, que o já passado ano de 2014 foi difícil para Cabo Verde, que regista um muito fraco crescimento económico, alta taxa de desemprego e graves assimetrias sociais e regionais, com impactos bem nefastos sobretudo para as camadas mais pobres da população e para os municípios pequenos, desprovidos de recursos que proporcionem uma desafogada autonomia relativamente ao poder central e contribuam para uma maior integração social e económica das comunidades, sobretudo da juventude, sequiosa de mais liberdade e democracia.

Apesar disso e enfrentando corajosamente a enorme crise - que, em ritmo diferenciado, se espalhou por todo o mundo – fomos capazes de significativos progressos que balizam uma marcha segura para a modernidade e desenvolvimento nos mais diversos níveis. Em particular, nos planos social, turístico e cultural, registámos significativos progressos, ainda que as limitações - impostas por políticas de que discordamos e pesam negativamente sobre o Poder Local – tenham impedido que mais depressa e com segurança se atendesse aos desejos e necessidades das populações.

Alargou-se muito positivamente a rede de laços que nos relacionam com grande parte do mundo, aumentando e aprofundando-se os elos de amizade com cidades amigas e irmãs, tanto do vasto mundo da lusofonia e da Organização das Cidades Património Mundial, que integramos. Em particular, são de sublinhar as geminações feitas com Ilha de Moçambique e Fuente Palmera que se adicionaram ao vasto leque de geminações já construídas por Ribeira Grande de Santiago. 

Estes apoios, que se foram granjeando e reforçando, muito nos ajudaram não só a projetar internacionalmente a imagem de Ribeira Grande de Santiago e do Berço da Nação cabo-verdiana como impulsionaram que passos seguros fossem dados para a promoção de um turismo cultural sustentado, assente na riqueza do nosso Património, na beleza das nossas paisagens e na morabeza da nossa gente. Importantes progressos foram dados com vista à criação de um Serviço Autónomo de Turismo e de um serviço de táxis que em muito irão contribuir para que diminuem o isolamento da população e a pobreza que quase tem sufocado a nossa população.

A construção de um Centro de Exposições de Artesanato, cuja necessidade se fazia sentir, cria condições para que esta atividade cresça significativamente, minorando com ela o desemprego, aumentando a riqueza gerada pelo nosso Município e diversificando a gama de produtos que se oferecem ao crescente turismo que nos visita. Enquanto prossegue, sempre a cumprir-se, o programa de “uma localidade, uma placa desportiva” (que foi promessa eleitoral e já em realidades as placas de Calabaceira, João Varela, Chã Gonçalves e Santana – estas a serem inauguradas e se juntam às já antes existentes) uma vez que se encontra quase concluído o programa “uma habitação, uma torneira”, avançam de maneira imparável a construção e recuperação de habitações sociais, visando dar teto a cada ribeira-grandense, e o esforço para erguer uma casa de banho em cada habitação e de arredar os animais da via pública para instalações comunitárias adequadas. 

2015 será o ano de realizações inadiáveis como a construção da Praça do Mar e o desenvolvimento da Orla Marítima, tal como 2014 viu inaugurar-se o anexo da Câmara Municipal. A irreparável força para fazer de Ribeira Grande de Santiago uma metrópole moderna e apetecível para os seus moradores e visitantes não se deixa sucumbir às contrariedades que sobre ela impendem como à generalidade dos Municípios cabo-verdianos.

A concretização da nossa visão de desenvolvimento, auxiliada agora pelas excelentes perspetivas de investimento privado que começa a surgir, dependerá em larga medida - é necessário que se o diga - da necessária cooperação institucional entre os Poderes Central e Local. As populações e as exigências do futuro anseiam por essa complementaridade, que nos permitirá seguramente responder às demandas das populações e dos desafios do desenvolvimento.

Há um ano afirmámos que o flagelo da crise seria vencido em Cidade Velha. Sabeis que, apesar das muitas dificuldades que se nos deparam, não faltou esforço continuado para o conseguir e que essa vitória sobre a crise está a desenhar-se, contrariando os apologistas de tristezas e de derrotas.

Para todos, um feliz 2015, em paz, harmonia e desenvolvimento.

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