FEVEREIRO: MÊS DA BANDERONA
Celebra-se na Cidade Velha a Banderona, a partir do dia 18 de Fevereiro, sendo 20 de Fevereiro o Dia da Banderona, propriamente dito. Toma-se, assim, um acto que, se é típico da ilha do Fogo, alimenta muito da tradição cabo-verdiana (é o caso da coladera, do cólá San Djon, etc) e tem origem bem portuguesa, nas consabidas cavalhadas, caídas em desuso em Portugal. Como o nome indica, cavalhada é um festeja hípico, o que o mesmo é dizer que, com a banderona, temos o regresso da tradição equestre a Cidade Velha, que assim faz jus da sua geminação com Golegã, a Capital do Cavalo em Portugal: historicamente, a velha Ribeira Grande de Santiago teve uma larga tradição hípica (o cavalo foi, até o séc. XIX, o meio de transporte por excelência), que entretanto se perdeu.
As influências de DjarFogo são mais que muitas em Santiago. E as influências de Santiago (Cidade Velha) na ilha do Fogo não ficam atrás: Fogo é, de certo modo, o prolongamento da sua terra e da sua cultura, irmanados pelo nome de Noli. Com a banderona, reata-se – assim – um modo de estar e de ser bem nosso, que assenta arraiais nas tradições mutualistas.
Depois do Nhô Santu Nomi de Jesus (foi um sucesso), que balizou o mês de Janeiro na Cidade Velha, eis que - por djunta mon das empresas PBS, Real Turis (Tereru di Kultura) e Câmara Municipal da Ribeira Grande – a Banderona singra também no Berço da Nação cabo-verdiana, estruturando o mês de Fevereiro. Dir-se-á que na Cidade Velha não há tempo para respirar.
• 04 de Fevereiro – Inscrição na Banderona de cabaleiros (cavaleiros), coladeras e caxeros (caixeiros) locais.
• 05 de Fevereiro – Exibição na televisão alemã do documentário da jornalista Eva Witte “Tesouros da Humanidade: Cidade Velha”.
• 09 de Fevereiro – Chegada do milho, início do pilão do Fogo.