Comunicado da Câmara Municipal de Ribeira Grande
CENTRO COMUNITÁRIO DE GOUVEIA VAI ACOLHER JARDIM INFANTIL
Durante a entrega, na próxima segunda-feira, dia 7, às 16 horas, das instalações da Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago (Centro Comunitário) em Gouveia à população local para nelas abrir um jardim infantil, que vai acolher cerca de 20 crianças (até aos 5 anos de idade), será igualmente feita a distribuição de parte dos donativos enviados pela Câmara Municipal da Ribeira Grande da ilha de S. Miguel (Açores). Ribeira Grande de S. Miguel é cidade geminada com Cidade Velha e os donativos, que começam deste modo a ser distribuídos, são oferta voluntária da sua população, chegada a Cabo Verde a 28 de Dezembro.
Fazendo prova de lisura de processos, só agora – depois das eleições legislativas - a Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago começa a distribuir à população essa solidariedade dos irmãos açorianos. Por esta forma, a entrega destes donativos (que vão beneficiar o jardim infantil) não pode nunca ser confundida com tentativa de “compra de votos” como os seus adversários políticos recentemente e provadamente praticaram neste Município. Por esta forma, a Câmara da Ribeira Grande de Santiago quis dar, e deu, exemplo de lealdade e honestidade democráticas.
O Centro Comunitário de Gouveia, que recebe agora uma vintena de crianças desalojadas do jardim infantil local encerrado por ameaçar ruir a todo o momento, acolhe parte dos berçários e colchões, além de outro material educativo remetido pela Ribeira Grande dos Açores.
As instalações do Centro Comunitário em Gouveia vinham sendo indevidamente ocupadas pela Associação Marra Sulada: por disponibilização feita pela Comissão Instaladora do Município serviram, a título provisório e enquanto deviam procurar instalações próprias, para acolher, com fins de trabalho produtivo (artesanato), as suas associadas. Esta disponibilização provisória prolongou-se por muito mais tempo do que o previsto, inviabilizando inclusive a criação de um Centro de Juventude. Por isso, a Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago fez sentir a Marra Sulada, há mais de um ano, os inconvenientes desta situação, convidando-a, com urgência, a procurar instalações próprias e a desalojar o Centro Comunitário, necessário para outros fins.
O pedido de devolução das instalações, que à Câmara pertencem, não foi atendido pelos ocupantes, invocando para isso razões diversas – embora fosse público e notório que essas instalações fossem (quase clandestinamente) utilizadas para outras finalidades de todo alheias ao pressuposto objecto de Marra Sulada. O facto suscitou indignação e protesto de grande parte da população local que, inclusive, pressionou a Câmara para que retomasse as instalações. Em princípios de Fevereiro, de novo foi instada a referida Associação para que, com urgência, resolvesse a sua situação e devolvesse à Câmara o Centro Comunitário.
Uma vez mais, Marra Sulada foi surda às solicitações da Câmara. A urgência, criada com o imperioso encerramento do jardim infantil, obrigou que a Câmara não aceitasse mais delongas, nem tivesse mais contemplações: decidiu, como tinha de decidir - o despejo da Associação. E tanto bastou para que, orquestradamente, se tentasse lançar sobre a Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago uma ignominiosa campanha, rapidamente rechaçada pela maioria da população de Gouveia que fez questão de demonstrar publicamente o seu apoio à decisão da Autarquia.
Perante os factos, documentalmente comprováveis, a Câmara Municipal da Ribeira Grande declara: não faz discriminações de qualquer tipo, mas o mesmo já não pode dizer daqueles que a criticam; apoia o desenvolvimento do artesanato e disso já fez prova com actos; está pronta a cooperar com quantos queiram, sem intenções reservadas, com ela cooperar; e está pronta, de igual modo, a hostilizar quantos a hostilizem.
Deitando por terra os ataques de que foi alvo neste processo, a Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago informa que boa parte das crianças acolhidas no jardim infantil de Gouveia são filhas das mulheres de Marra Sulada. Este facto, só por si, reduz a pó a desajustada campanha movida contra a Câmara Municipal e devia envergonhar os seus autores e patrocinadores.